Regimento Interno Liturgico

1. INTRODUÇÃO
O presente Regimento Interno Litúrgico tem por objetivo disciplinar o funcionamento das atividades de cunho espiritual. Sua observância é obrigatória por
todos os integrantes da Corrente Mediúnica em qualquer das Linhas de atuação, cabendo ao Médium Incorporador da Entidade Chefe do Terreiro a elaboração,
alterações, assim como a aplicação de sanções disciplinares. Este Regimento também dita as normas a serem instruídas no que se refere à conduta nas dependências da
Vereda da Luz para os frequentadores da casa.

2. DAS LINHAS DE TRABALHO
A Vereda da Luz – Casa Espiritual que atua desde 03 de junho de 1974 em três Linhas de Trabalho, assim chamadas: Umbanda, Oriental e Doutrinação Kardecista.
Essas Linhas são complementares entre si, e compreendem o espectro de atividades espirituais praticadas na Vereda da Luz. Adicionalmente, como um complemento das
atividades de Umbanda, pratica ainda a Cromoterapia (energização através das cores).

3. DAS SESSÕES
3.1. Tipos de Sessões
As atividades espirituais da Vereda da Luz são realizadas em sessões cujo ritual e organização se diferencia de acordo com a Linha de Trabalho e o tipo. Os tipos de
sessões, de acordo com seus objetivos específicos, são:
✓ SESSÕES PÚBLICAS: são as sessões destinadas ao atendimento ao público em geral sem nenhuma discriminação, ressalvando-se, contudo, o atendimento às normas da Vereda da Luz, em especial no que se refere à atitude de respeito e oração;
✓ SESSÕES DE TRABALHOS ESPIRITUAIS: são as sessões destinadas a trabalhos espirituais específicos na forma solicitada pela Entidade Chefe do Terreiro (Exemplo: Compromissos, Batismos, Casamentos, etc.);
✓ SESSÕES DE DESENVOLVIMENTO: são as sessões destinadas ao desenvolvimento do corpo mediúnico;
✓ SESSÕES COMEMORATIVAS: são as sessões referentes a datas comemorativas; essas sessões, de acordo com sua natureza, têm organização diferenciada das sessões ordinárias, podendo ser públicas ou não.

3.2. Dias e Horários das Sessões
O horário de início de cada sessão e os dias das sessões é de responsabilidade do Diretor Litúrgico, por orientação da Entidade Chefe do Terreiro, sendo informado
previamente junto à publicação do calendário (programação) de sessões. O Diretor Litúrgico, por orientação da Entidade Chefe do Terreiro, definirá, periodicamente, um calendário de sessões, que será divulgado através de quadro próprio na entrada do prédio. A publicação do calendário (programação) fora da Vereda da Luz por qualquer meio existente, só será permitida mediante autorização do Diretor de Liturgia.

3.3. Linhas de Trabalho
As Linhas de Trabalhos na Vereda da Luz seguem as doutrinações que foram determinadas pelo Caboclo Zoromar, Guia fundador da Casa, podendo sofrer alterações por conformidade da Entidade Chefe de Terreiro em vigência, sendo orientadas e conduzidas pelo Diretor de Liturgia e acompanhada por todos os membros do quadro da Casa. Segue as Linhas de Trabalho realizadas na Vereda da Luz e suas especificações:
3.3.1. Sessões de Desenvolvimento de Umbanda
Realizam-se preferivelmente na última segunda-feira de cada mês, de acordo com o calendário publicado. Iniciam-se às 20h30 e encerram-se, preferencialmente, às 00h, respeitando-se as necessidades do trabalho. Tendo em vista os preparativos, os integrantes da Corrente Mediúnica devem entrar no Terreiro até as 20h15.As pessoas estranhas à Corrente Mediúnica, somente participarão de tal sessão sobre autorização da Entidade Chefe do Terreiro e devem chegar a Vereda da Luz às 20h e se apresentar ao Cambono de Terreiro que fará o acompanhamento de cada um durante a preparação do desenvolvimento e igualmente entrar às 20h15. Às 20h30 iniciarão as atividades que serão dirigidas pelo Diretor Litúrgico ou por Médium convidado a fazê-lo. Primeiramente é dada à oportunidade para a Diretoria Executiva deliberar sobre assuntos administrativos da Casa e depois é iniciada a liturgia do dia. As 21h30 os portões e as portas do Terreiro serão fechadas pelo Cambono de Terreiro para entrada de Membros da Corrente e convidados. A partir de então, só será permitida a entrada com autorização do Dirigente Espiritual dos Trabalhos e/ou Diretor de Liturgia. Enquanto aguardam o início da sessão, todos devem permanecer em silêncio, respeitando o princípio da concentração para maior equilíbrio espiritual.

A sessão serve para vários propósitos: trazer à pessoa um contato direto com energias harmonizantes, aplicadas a ela pela equipe espiritual. Proporciona também o contato com energias espirituais com efeitos benéficos a qualquer espírito em necessidade, que esteja ligado por qualquer motivo que seja à pessoa participante da Gira. O despertar em todos, sobre questões e interesses relacionados à realidade espiritual. Criar um caminho de autoconhecimento e reforma íntima, caminho este que será levado em todos os momentos na vida de cada um.
O desenvolvimento mediúnico ocorre através de uma abertura psíquica do Médium, facilitando um contato mais intenso entre ele e seus Guias, e é um treino precioso no processo de afinização. Porém, maior importância deve ser dada é claro, ao desenvolvimento moral e intelectual do Médium. É em longo prazo que a sessão de desenvolvimento garante um apoio maior ao desenvolvimento mediúnico, só assim, podemos perceber a diferença entre:

3.3.2. Sessões Públicas de Doutrinações Kardecista
Realizam-se preferivelmente na 2ª terça-feira de cada mês, de acordo com o calendário publicado. Iniciam-se às 20h30 e encerram-se, preferencialmente, às 22h, respeitando-se as necessidades do trabalho. Os integrantes da Corrente Mediúnica e os Médiuns participantes da mesa devem chegar até as 20h15, para a preparação do trabalho, através da concentração irradiativa por todos.
Primeiramente será preenchido o Livro de Presença por todos participantes (médiuns e assistidos), e o Livro de Irradiação (a quem desejar), para que o Médium Dirigente da Linha dê início a sessão. A todos será facultado o direito de ter com os livros posicionados sobre a mesa e de trazer água em vasilhame para ser fluidificada. O propósito empregado para a Sessão Kardecista na Vereda da Luz é trabalhar a Doutrinação e a Evangelização de todos os presentes (encarnados e desencarnados), através das elucidações transmitidas e enviadas pela espiritualidade com base na Doutrina Espírita: Ciência, Filosofia, Arte e Religião. A sessão acontecerá da seguinte forma:

1º) Irradiação de energias através de preces e cantos;
2º) Leitura e comentários acerca das elucidações recebidas;
3º) Aplicação do passe magnético entre todos;
4º) Abertura para comunicação dos irmãos desencarnados e
5º) Preces Finais.

A busca da evolução rumo ao progresso, deve ser o caminho direcionado e o real propósito a ser alcançado nestas sessões.

3.3.3. Sessões Públicas da Linha do Oriente
Realizam-se preferivelmente na 1ª e na 3ª terça-feira de cada mês, em processo quinzenal, de acordo com o calendário publicado. Iniciam-se às 20h30 e encerram-se,  preferencialmente, às 22h, respeitando-se as necessidades do trabalho. Tendo em vista os preparativos, os integrantes da Corrente Mediúnica devem entrar no Templo até as 20h15. No período que antecede o início dos trabalhos, assim que o Templo for preparado pelo Médium Dirigente da Linha, é permitida a permanência de todos dentro dele, a fim de se adequar com as energias propicias a sessão. Quem preferir ficar deitado em um dos apoios pode fazer, só não pode deitar-se sobre as macas de cirurgias espirituais.
Primeiramente é feito um exercício de concentração e relaxamento com todos os Médiuns presentes (incluindo médiuns convidados a desenvolver), iniciando às 20h30 e durando no máximo 10 minutos. A porta do Templo será fechada logo após o exercício de concentração, às 20:40, a partir de então, só será permitida a entrada com autorização do Dirigente Espiritual dos Trabalhos e/ou Diretor de Liturgia.
As Sessões da Linha do Oriente na Vereda da Luz têm por finalidade buscar a cura de males em nós impregnados, tanto na matéria como na alma. Não há atendimento para questões terrenas que não sejam de ordem física e psicológicas. Não há atendimento a crianças e adolescentes se não acompanhados de pais ou responsáveis diretos. A todos é facultado o direito de trazer água em vasilhame para fluidificação durante a permanência dos trabalhos. Da mesma forma é facultado o direito de assinalar em papel o nome de entes-querido encarnados com algum dolo físico ou psíquico para que a ele seja levado bons fluídos de irradiação, oriundo desta Linha trabalhadora.

3.3.4. Sessões Públicas de Umbanda
Realizam-se às quintas-feiras. Iniciam-se às 20h30 e encerram-se, preferencialmente, às 00h, respeitando-se as necessidades do trabalho. Tendo em vista os preparativos, os integrantes da Corrente Mediúnica devem entrar no Terreiro até as 20h15. A partir desde horário não será permitida a presença de Membros nos corredores e demais dependências do Terreiro, sem a autorização do Dirigente da Sessão, para que haja o silêncio e a concentração necessária, a fim de se adequar com as energias propicias ao trabalho.

O público deve ser convidado a entrar a partir das 19h. A entrega das fichas para “passe e atendimento” (incluindo as presenciais), se dará até as 20h15, este horário somente será alterado com a autorização do Diretor de Liturgia. Todos devem ser alertados sobre a permanência em estado de silêncio e sobre a disposição entre os lugares de homens e mulheres na assistência. Assim como manter desligado aparelhos eletrônicos, retirar objetos de metal trago no corpo (menos aliança e objetos com dificuldade de ser retirado a exemplo de pircing). Às 20h30 as portas do Terreiro serão fechadas, pelo Cambono Chefe, para entrada de Membros da Corrente. A partir de então, só será permitida a entrada com autorização do Dirigente Espiritual dos Trabalhos e/ou Diretor de Liturgia. A Entidade Chefe do Terreiro, sempre que necessário, dará orientações especiais, que deverão ser seguidas à risca, sobre conduta disciplinar e deliberações de rituais.
A sessão inicia com a defumação do Dirigente da Sessão e do Cambono de apoio deste, em seguida será firmado o Congá, os Atabaques e os Pontos de Assentamentos e Firmezas do Terreiro. Depois serão defumados Médiuns, Cambonos e Sambas. Logo após a “descida” das Entidades que trabalharão na Gira, dar-se-á a linha de passe na Corrente e posterior a linha de passe para a assistência, em seguida, a (s) Falange (s) trabalhadora (s) da sessão iniciará os “atendimentos individuais”. Tudo deve transcorrer em ordem e harmonia até o último assistido ser atendido, afim das Entidades encerrarem a sessão com o objetivo de cumprimento da caridade prestada alcançado, sem inoportunos. As sessões podem sofrer alterações de ordem cronológica por determinação da Entidade Chefe do Terreiro como, diversificar as Falanges trabalhadoras para atendimento, suspender a entrada para recebimento de passes e/ou suspender atendimentos.

Não há obrigatoriedade de atendimento para quem quer que seja. Da mesma forma não haverá direito a escolha de atendimento específico, salvo este, por
determinação das Entidades Compromissadas que estiverem realizando acompanhamento. Embora muitas casas de Umbanda sejam procuradas para a realização de desejos materiais e exaltação as paixões mesquinhas, o propósito elevado para o trabalho sempre será a procura do bem-estar coletivo, exercer a caridade aos que verdadeiramente necessitam e auxiliar a todos na longa caminhada que temos em busca do progresso divino e da confraternização harmoniosa entre a humanidade. Não há nestas sessões e nem em qualquer outra, sentimentos discriminatórios em relação a sexo, raça ou posição social. Todos são iguais perante o Criador e assim todos terão os mesmos merecimentos.

4. INSTRUÇÕES AOS FREQÜENTADORES
Os frequentadores DEVEM SER ORIENTADOS pela Direção da Casa, que a Vereda da Luz Casa Espiritual é uma Instituição Filantrópica Sem Fins Lucrativos, atuante em Brasília desde 03 de junho de 1974, com o propósito de prestar assistencialismo espiritual sobre a Doutrinação de Umbanda, as pessoas que necessitam de auxilio e prestar assistencialismo material, as instituições sociais, a idosos, moradores de ruas e crianças carentes. Pedimos aos frequentadores que atendam às seguintes recomendações durante a sua permanência na Vereda da Luz nas Sessões Públicas de Umbanda, Kardec e Oriental. Qualquer dúvida relevante sobre este, deve ser encaminhada à Direção da Casa:

➢ Nossa casa não trabalha com IMOLAÇÃO (sacrifício de qualquer espécie), não trabalha com EBÓ (comida de santo), não tem quartinha, não raspa cabeça e EM HIPÓTESE ALGUMA COBRA QUALQUER QUANTIA, e nem trabalha o “mal” para combater o mal. Não é permitido fumar, tirar fotos e/ou filmar, atender telefone e ligar equipamentos eletrônicos dentro do Templo. Pedimos também que não haja troca de caricias íntimas com parceiro (a).

I – Respeito e silêncio. Nunca se esqueça que você está dentro de uma Casa de Oração. Enquanto aguardam a chamada para o atendimento, os frequentadores devem
permanecer em silêncio, abstendo-se de conversas com os vizinhos, bem como de trocas desnecessárias de lugares, e somente sair do recinto em caso de extrema necessidade (evite saídas para comer ou fumar, durante o desenrolar da sessão);

II – A distribuição de fichas para atendimento começa a partir das 18:30h respeitando a ordem de chegada e a prioridade concedida a idosos, deficientes físicos e gestantes a partir do 4º mês (antes desde período não é indicado pela espiritualidade frequentar o Terreiro). É vedada a distribuição de fichas a menores de idade, em obediência ao E.C.A. (havendo a necessidade de atendimento do menor, o mesmo deve estar acompanhado dos pais ou responsável direto). A distribuição de fichas termina às 20h15, depois deste horário somente com a autorização do Diretor de Liturgia;

III – Os homens devem ficar separados das mulheres, utilizando-se dos lugares já determinados; ainda que haja lugares vagos no lado dos homens, somente com a autorização do dirigente dos trabalhos tais lugares poderão ser ocupados pelas mulheres, e vice-versa (esse acompanhamento será feito pelo Cambono de Terreiro). Este cuidado é relevante para que não haja troca de energias entre sexo, respeitando a individualidade de cada um e também para evitar previamente conversas desnecessárias, quando se é cobrado a concentração permanente durante a sua permanência na sessão.
IV – Não comparecer às sessões com roupas escuras e roupas transparentes. Não haverá atendimento a quem estiver de short, bermuda, mini saia, minivestido, tope ou de
modo extravagante. Evite também o uso de joias, acessórios, perfumes e maquiagens muito fortes;

V – Não é permitida a troca de fichas de atendimento. Respeite e acredite em sua ordem de chegada, ela já estava destinada a você;

VI – Não cruzar braços e pernas durante os trabalhos, para que as energias voltadas a você e que saem de você, não fiquem reprimidas;

VII – Não utilizar aparelhos foto auditivo e permanecer com aparelhos de notebook e celulares desligados. É proibido tirar fotos ou fazer filmagens sem autorização
do Diretor de Liturgia, sob pena de violação ao Princípio da Inviolabilidade – Art. 5º § VI, VIII e X da CF/88, violação do art. 208 do CP e violação da Lei 8.081/90;

VIII – Ao adentrar no Terreiro, não cruzar a Corrente Mediúnica se locomovendo entre as Entidades. Não travar a fila de entrada na espera de se posicionar com Entidade de sua escolha, tenha certeza que a Entidade que lhe atender tanto no passe ou na consulta, já estava esperando por você;

IX – Todo material comprado e consumido na cantina é de inteira responsabilidade da Vereda da Luz. A Vereda da Luz não faz a venda de nenhum produto de consumo, que não seja a arrecadação voltada para a manutenção da Casa. Nenhum dirigente é beneficiado financeiramente ou recebe salário. Os ingressos dos eventos que vendemos, realizamos no mesmo propósito, de manter a nossa Instituição. A Vereda da Luz se reserva em se manter por doações voluntárias dos Membros e frequentadores que queiram auxiliar nossa Casa, não sendo esta, vinculada a nenhuma associação, agremiação, sindicato ou filiação partidária. As doações de materiais recebidos em campanha são distribuídas em Instituições Sociais e Comunidades Carentes, sem quaisquer vinculações a Vereda da Luz também;
X – Não saia desta Casa com dúvidas, o que não conseguir compreender ou entender, procure de imediato um dos Membros da Direção para lhe ajudar. Não esqueça que Orixás e Guias nada podem fazer por você, senão por permissão de Deus, só ele pode lhe dá o merecimento necessário para resolver a sua demanda. Lembre-se que Umbanda é luz, caridade, amor e principalmente fé. Pratique então aqui a sua FÉ.

Aqui não é “balcão de troca”, não temos o que te dá e você não tem que se preocupar em nos dar algo ou aos Guias. Aqui se faz “RELIGIÃO”, com todos os preceitos que
todas as outras tem. “Umbanda é coisa séria, pra gente séria” – Caboclo das Sete Encruzilhadas.

5. INSTRUÇÃO AOS MÉDIUNS
Os integrantes da Corrente são Médiuns, independentemente dos tipos de trabalhos de que participem. Não há maior ou menor, há uma liderança por coerência,
mas todos somos iguais perante a Deus.

5.1. Ingresso e Permanência de Médium na Corrente Mediúnica
O ingresso na Corrente Mediúnica deve observar os seguintes pré-requisitos:

I – Convite da Entidade Chefe do Terreiro;
II – Convite de uma Entidade, aprovado pela Entidade Chefe do Terreiro;
III – Ter mais de quatorze anos de idade, e, se menor de dezoito anos, somente com a autorização do responsável;
IV – Frequentar as Sessões de Umbanda, de Desenvolvimento, de Doutrinação Kardecista e da Linha Oriental determinadas pela Entidade Chefe do Terreiro, a ausência sem justificativa, pode e será considerada como desligamento da Casa;
V – Associar-se à Vereda da Luz, tendo os seus dados registrados e atualizados, bem como ser zelador da Instituição;
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VI – Não ser portador de doença mental ou infectocontagiosa; em caso positivo, o Médium receberá ajuda como enfermo. Não estar em gestação antes do quarto mês e após o sétimo mês;
VII – Ser humilde, pontual, fraterno, leal e justo, sendo inaceitáveis discussões entre Médiuns, e desrespeito à assistência e demais integrantes da Corrente Mediúnica;
VIII – Respeitar as entidades em trabalho nos dias de sessão e fora delas, assim como, a Entidade Chefe do Terreiro;
IX – Respeitar ao Pai e a Mãe do Terreiro, tendo toda cordialidade em cumprimenta-los primeiramente ao chegar e ao sair da Casa e zelar pelo convívio;
X – Ser Umbandista é ser abnegado, coerente, lógico e responsável, principalmente é ser zelador de sua moral perante a Deus e aos Guias, da moral da Instituição a qual você congrega e da moral da sua religião Umbanda;
XI – Antes de começar o desenvolvimento, o iniciante deve receber as orientações necessárias, transmitidas pelo Diretor Litúrgico, pelo Cambono de Terreiro e pelo Cambono Chefe, somente eles possuem a autorização da espiritualidade acerca de orientar os novos Membros. Claro que todos os demais Membros podem auxiliar, mas as determinações de como seguir na Casa, somente eles podem passar, a fim de saber previamente a maneira como deve proceder, bem como o que lhe será exigido
futuramente. Na ocasião, de adentrar ao Desenvolvimento da Casa, o iniciante deve tomar ciência do Estatuto, deste Regimento Interno Litúrgico, das Ordens Doutrinárias e realizar o seu cadastro com a Instituição;
XII – Todos os Médiuns devem acatar as determinações feitas pela Entidade Chefe do Terreiro, dirigindo-se ao Diretor Litúrgico em caso de dúvida para o devido
esclarecimento;
XIII – Interessar-se pela leitura de obras de elevado conteúdo moral, doutrinário e espiritual;
XIV – Interessar-se pelo estudo e fiel cumprimento das normas e regulamentos estabelecidos pela Entidade Chefe do Terreiro e pelo Diretor Litúrgico, assim como
pelos seus auxiliares;
XV – Os integrantes da Corrente Mediúnica devem aprender os pontos a serem cantados para as diversas modalidades de trabalho. Respeitando o posicionamento dos
atabaques, não tocando e nem colocando qualquer objeto neles sem a autorização da Entidade Chefe do Terreiro, do Diretor Litúrgico e do Ogã Chefe do Terreiro;
XVI – O Médium deve manter-se informado das atividades e decisões pertinentes à Vereda da Luz afixadas nos quadros de aviso interno e externo e dos meios
de comunicações utilizados pela casa, a exemplo do correio eletrônico: comunicacaoveredadaluz@gmail.com.
XVII – É vedado ao Médium, de qualquer categoria, participar de trabalhos espirituais fora da Vereda da Luz, sem prévia autorização da Entidade Chefe do
Terreiro; a inobservância desta recomendação será considerada transgressão disciplinar, passível de punição e/ou exclusão do quadro de membros da Casa;
XVIII – Todos os integrantes da Corrente Mediúnica terão obrigação de comparecer, pelo menos, uma vez, a cada dois meses, às Sessões de Doutrinação
Kardecista, Desenvolvimento e da Linha Oriental e, pelo menos, duas vezes, por mês, às Sessões Públicas de Umbanda. Caso haja algum sinistro que impeça a presença por
qualquer natureza, deverá ser informada a Entidade Chefe do Terreiro ou ao Diretor Litúrgico. A inobservância desta recomendação será considerada transgressão
disciplinar, passível de punição e/ou exclusão do quadro de membros da casa;
XIX – O Médium que necessitar de uma licença para se afastar dos trabalhos da Casa, por qualquer natureza, após fazer a devida comunicação a Entidade Chefe do
Terreiro, deverá informar ao Diretor Litúrgico, indicando o prazo do afastamento; vencido tal prazo, se não houver pedido de prorrogação, a Entidade Chefe do Terreiro e informado novamente ao Diretor Litúrgico, considerar-se-á que o Médium resolveu se afastar definitivamente do Centro, quando, então será cancelado todos os registros a ele pertinentes;

XX – Ao retornar a Casa, o membro licenciado ou suspenso, na hora do passe, ou no final da sessão, deverá se dirigir a Entidade Chefe do Terreiro para receber as
instruções necessárias ao retorno às suas atividades mediúnicas;
XXI – Compreender que UMBANDA É HIERARQUIA e não Democracia.
Lembre-se sempre de que todos nós erramos, pois, o erro é humano e, portanto, ligado a dor, a sofrimentos e consequentemente às lições, com suas experiências. O importante é que não se erre mais, ou não se cometa os mesmos erros. Converter-se a Umbanda é
uma oportunidade que lhe foi dada para evoluir ao progresso divino, não é apenas fazer caridade, pois a caridade pode sempre ser feita independente do seu credo, não depende da Umbanda para você ser caridoso.

5.2. Tipos de Médiuns
Tanto o Estatuto, o Regimento Interno Litúrgico e as Ordens Doutrinárias da Vereda da Luz devem ser cumpridos por todos os Membros da Corrente Mediúnica,
independente do tipo de Médium, não havendo, nesse aspecto, entre eles, nenhuma distinção:

a) Médium de Compromisso – É aquele que, a convite da Entidade Chefe do Terreiro, prestará “Sacerdócio” com a Umbanda. O Médium Compromissado tem
por abnegação e compromisso com a Casa, comparecer a todos os trabalhos de Umbanda aberto ao público e os trabalhos para a Corrente. Como Sacerdote de Umbanda, deve manter postura íntegra e correta, perante a família, a sociedade e a Instituição que faz jus ao seu condicionamento religioso. Em condições físicas ou mentais precárias, ou por retornar a Casa depois de ser excluído do quadro de membros, a critério da Entidade Chefe do Terreiro e/ou Diretor de Liturgia,
reverterá à categoria de Médium em Desenvolvimento, até cessarem os motivos da reclassificação. Nesta classe é incluso também os Médiuns que forem chamados para serem Ogãs de Umbanda, assim como o Ogã Chefe de Terreiro, também o Médium Cambono Chefe, o Médium Cambono de Terreiro e o Médium Chefe da Cromoterapia. Estes Médiuns são consagrados pela Entidade Chefe do Terreiro como LÍDERES da Casa e são identificados com as fitas “vermelha e verde” sobre a cor branca da manga esquerda do jaleco.
b) Médium Pronto – Médium assim identificado pela Entidade Chefe do Terreiro, é aquele que, tendo sua mediunidade de incorporação ou alguma faculdade
mediúnica utilizada nas sessões trabalhadas pela Casa já desenvolvida (ex: Médium Incorporador), está em condições de prestar compromisso, devendo antes harmonizar-se
com os Guias e COM SUA VIDA TERRENA.

c) Médium em Desenvolvimento – É aquele que, tendo sido autorizado pela Entidade Chefe do Terreiro passa a fazer parte do quadro de membros da Vereda
da Luz e ainda não desenvolveu todas as faculdades mediúnicas para serem trabalhadas na Casa. Estes são denominados: “Cambonos e Sambas”.

5.3. Preparação para as Sessões
I – Permanecer sempre em Vigilância e em Oração nos dias das sessões, para que sejam atraídos bons fluidos para o trabalho que será realizado;
II – Não ingerir bebidas alcoólicas e nem alimentos pesados nos dias de sessão (ex: carne vermelha). Não praticar sexo nos dias de sessão;
III – Tomar banho de limpeza espiritual antes e depois das sessões. O banho deve ser tomado do pescoço para baixo, e não deve ser seco da cintura para cima
(apenas retire o excesso, apalpando com a toalha), com o uso dos seguintes ingredientes:
a) banho com sal grosso: colocar um punhado de sal grosso em um recipiente com água ou sete pedras de sal grosso preparado para uso exclusivo do banho;
b) banho de ervas: de acordo com a orientação dos Guias (não faça banho com ervas sem orientação espiritual).
IV – Na chegada à Vereda da Luz, a primeira obrigação é cumprimentar a Tronqueira do Sr. Exú das Sete Porteiras existente no portão de entrada, através da
saudação característica: “Saravê, Laruê Exú das Sete Porteiras, permissão para entrar em sua Casa”; Em seguida, cumprimentar as Tronqueiras da Casa junto ao Terreiro com as saudações doutrinárias: Primeiro, de frente a Tronqueira de Exú, cruzar os braços três vezes, com os punhos serrados e a mão esquerda em cima da direita e dizer: “Laruê Exú Caveira”. Bater a mão esquerda três vezes no chão, com o punho serrado e dizer: “Saravê sua Força e sua Proteção”. Segundo, de frente a Tronqueira das Almas, fazer o sinal da cruz no chão, com a mão direita e dizer: “Salve as Almas Puras”. Fazer o sinal da cruz novamente no chão, com a mão direita e dizer: “Salve as Almas Impuras”. Em seguida, levante-se com as mãos espalmadas de frente a cruz e diga: “Luz, Força e Proteção pra todos nós. É pras Almas, É pras Almas, É pras Almas”;
V – O Médium deve assinar o Livro de Presença e “Bater Cabeça” no Congá, saudando a Oxalá e agradecendo por estar na Casa de Oração;
VI – Colocar a Guia de Eledá (guia de aço), e outras guias em uso, na cachoeira do Terreiro antes de iniciar a defumação da Corrente. Em sessões de caridade, somente
autorizados pela Entidade Chefe do Terreiro poderão usar a “Guia de Esquerda”;
VII – Ás 20h15 todos os Médiuns devem estar no recinto dos trabalhos e acender uma vela branca para o seu Anjo de Guarda na Cachoeira ou na Mata,
utilizando-se dos degraus superiores, e DEIXANDO LIVRES OS DOIS INFERIORES, que são destinados às velas dos Pretos-Velhos que trabalharão na
sessão. Quem preferir entrar antes no Terreiro e acender a vela branca para o Anjo de Guarda, deverá lembrar que será preciso esperar as Firmezas do Terreiro estarem feitas e que não será mais permitida à saída do Terreiro, a menos que esteja previamente autorizado pela Entidade Chefe do Terreiro ou Diretor Litúrgico, após acender sua vela. A vela acessa ao Anjo da Guarda indica a firmeza do seu trabalho, e propicia a afinidade de energias entre as pessoas da Corrente Mediúnica e as Entidades da Casa;
VIII – Após acender a vela, o Médium deve se manter em concentração, evitando conversar, buscando a sintonia com as Entidades e o seu próprio desenvolvimento mediúnico;
IX – Os Médiuns Compromissados e Prontos, devem verificar se os materiais necessários para os trabalhos das Entidades estão em ordem, para não desconectar a
concentração do Cambono no decorrer da sessão;

X – Após o toque da sineta, todos os Médiuns e a assistência devem manter silêncio absoluto, permanecendo em prece e vibração; conversas e comentários devem
ser evitados no recinto dos trabalhos, nos vestiários e toaletes. A concentração e disciplina devem ser constantes enquanto se procede ao ritual de firmeza nas Tronqueira dos Exús e das Almas, para iniciar os trabalhos.

5.4. Conduta Durante as Sessões
I – O Médium em Desenvolvimento, durante as sessões públicas, atua como Cambono ou Samba das Entidades; se autorizado pela Entidade Chefe do Terreiro, poderá incorporar suas Entidades;
II – As roupas, calçados e objetos não utilizados nas sessões devem ser mantidos exclusivamente na sala dos armários. A responsabilidade de objetos e materiais dentro
do armário é exclusiva de cada Médium, ficando facultativo o uso de cadeado na porta do seu armário;
III – O Médium deve buscar sempre esclarecimentos para suas dúvidas, e auxiliar o Diretor Litúrgico na percepção de má conduta por qualquer membro da Casa,
ou conduta contrária as doutrinações da Entidade Chefe de Terreiro;
IV – Respeitar as recomendações que envolvam os elementos da natureza, uma vez que a Umbanda trabalha com a energia da própria natureza, por isso, somente
“Entidades Compromissadas” ou Entidades autorizadas pela Entidade Chefe do Terreiro, devem manipular “ERVAS”. Assim como somente a Entidade Chefe de
Terreiro autoriza o uso de Guia de Eledá (guia de aço) e o uso da Guia de Oxalá, que envolve diretamente a “natureza humana”. As demais guias posteriores a estas, podem ser determinadas pelas Entidades Compromissadas (recomenda-se apresentá-las a Entidade Chefe de Terreiro, antes do uso);
V – Todos devem cantar os pontos com alegria, sinergia e concentração, para que haja a irradiação imantada pela Corrente, que é a sustentação dos trabalhos;
VI – As pessoas que entram no Terreiro precisam de esclarecimento; para tanto, é preciso que o Médium fique atento ao ritual recomendado, averiguando a necessidade
de ajuda para o entendimento e realização das recomendações das Entidades;
VII – Qualquer reclamação deve ser feita ao Diretor Litúrgico, ou, durante os trabalhos, a Entidade Chefe do Terreiro ou ao Cambono Chefe;
VIII – O integrante da Corrente Mediúnica deve ser cordial, tanto com o público quanto com os outros membros da Corrente, colocando-se à disposição para ajudar e
esclarecer dúvidas. Deve ter um único pensamento de firmeza e de harmonia; para tanto, a preparação adequada e os banhos de limpeza espiritual são muito importantes;
IX – Apenas os Médiuns autorizados pela Entidade Chefe do Terreiro poderão durante os trabalhos sair do Terreiro e dirigir-se à assistência se houver necessidade.
Não é permitido o cruzamento de nenhum objeto, ou mesmo o cumprimento, entre o Terreiro e a assistência sobre a “mureta”. Quando necessário, a pessoa deve ser
chamada a uma das entradas laterais ou central para a entrega de objetos ou conversa; alternativamente, o Médium com permissão para tanto, pode ir ao encontro de pessoas na assistência;
X – Se porventura algum frequentador estiver se portando de forma inconveniente, o Cambono de Terreiro ou um Médium com permissão para circular
entre os assistentes, deverá se dirigir a esse frequentador de forma educada, de preferência chamando-o para um lugar mais reservado, e dar-lhe uma explicação
detalhada de como funcionam as energias durante os trabalhos, e mostrar a inconveniência da conduta dele para a preservação positiva da corrente. Alertando-o
inclusive sobre as penalidades contidas em Leis que o mesmo possa vir a responder.
XI – A Corrente Mediúnica deve se manter em concentração durante toda a sessão; a disciplina e doutrina, aliada a responsabilidade são atitudes fundamentais para
a firmeza do trabalho; A humildade, a fé e o amor, são indispensável para praticar a caridade.
XII – O Médium deve permanecer em seu lugar durante a sessão, sendo vedado o cruzamento de um lado para o outro, a não ser com autorização de uma Entidade, ou
em caso de extrema necessidade, em função de uma atividade que esteja exercendo;
XIII – O atendimento aos membros da Corrente não deve ser feito nas sessões de atendimento ao público, a menos que seja expressamente chamado pela Entidade; da
mesma forma, deve-se proceder no que se refere às conversas com as Entidades;
XIV – Quando qualquer Entidade convidar uma pessoa da assistência para participar da sessão de desenvolvimento, e esta ter autorização da Entidade Chefe do
Terreiro para vir à sessão, deve-se instruí-la no sentido de que venha OBRIGATORIAMENTE COM ROUPA BRANCA. Caso não seja obedecida tal recomendação, o convidado deve retirar-se após a linha de passe no dia da sessão de desenvolvimento;
XV – O Médium que trabalha com Entidade que ainda não firmou compromisso com a Entidade Chefe do Terreiro, quando autorizado a incorporar, usará somente um
copo com água e uma vela branca. É vedada a entrega de tabaco e álcool à Entidade ainda não compromissada, tal atitude é prejudicial para o Médium, a não ser com
autorização dada pela Entidade Chefe do Terreiro. As Entidades que não forem compromissadas não devem manifestar nomes ou Falanges delas (o Médium
Incorporador deve ser o doutrinador deste comportamento). Também não devem trabalhar com ervas ou outras ferramentas, sem a autorização da Entidade Chefe do
Terreiro;
XVI – Nada pode ser colocado ou retirado do Congá sem a autorização da Entidade Chefe do Terreiro ou do Diretor de Liturgia. Também a retirada de ervas do
Congá, só deve ser feita com a autorização de uma Entidade;
XVII – Nas reuniões de limpeza espiritual, a menos que haja ordem em contrário, tudo o que for utilizado pelos Exús deve ser entregue na Encruzilhada, de
acordo com as orientações da Entidade Chefe do Terreiro. O Médium Incorporador sempre deve descarregar os trabalhos, junto ao Cambono do Guia;
XVIII – Nos trabalhos de Cromoterapia, o Médium deve sempre lavar as mãos antes e após cada atendimento, e cumprimentar o Congá do Terreiro no início e ao
término dos trabalhos na Sala;
XIX – Nos trabalhos da Linha do Oriente o Médium que chegar depois de iniciado o exercício de concentração, só poderá entrar quando o Guia Dirigente da
sessão e/ou Diretor de Liturgia autorizar. Para isso é preciso que o mesmo avise ao Cambono do Guia Dirigente de sua chegada, de forma que não quebre a concentração
da Corrente. Até a autorização acontecer, deverá aguardar do lado de fora do Templo. Da mesma forma nos trabalhados de Umbanda, se o Médium chegar após as “PRECES
INICIAIS” deverá aguardar a autorização do Guia Dirigente da sessão e/ou Diretor de Liturgia na assistência, até entrar na Corrente;
XX – Nas Sessões de Desenvolvimento não é necessário que as Entidades trabalhem sobre as VINTE E UMA ESTRELAS demarcadas no Terreiro. Nas sessões
públicas, as Entidades ficam posicionadas sobre as vinte e uma estrelas, seguindo a esta ordem: A primeira estrela de frente a Mata para a Entidade Chefe do Terreiro, a segunda para a Mãe do Terreiro ou para o primeiro imediato (no caso o Médium mais antigo de Compromisso), a terceira para o primeiro imediato e as demais ficam por ordem de chegada dos Médiuns. As estrelas de fora devem ser preenchidas da seguinte ordem: A primeira do lado da Cachoeira e a segunda do lado da Mata, assim sucessivamente até o preenchimento de todas;
XXI – Não há em hipótese alguma, incorporação fora de hora ou sem a permissão. Lembre-se sempre que a mediunidade está em você, assim como está em
você a disciplina e a doutrinação do Terreiro, não quebre esta regra. Lembre-se também que a boa preparação é que lhe dará o suporte necessário para receber as energias da sessão. Médium que fica “passando mal” é Médium mal trabalhado, e o trabalho começa em você e por você, NÃO SE ESQUEÇA DISSO!

5.5. Uniforme e Material de Trabalho
I – O Médium deve uniformizar-se completo e convenientemente para todas as práticas mediúnicas, mantendo o uniforme sempre limpo e passado;
II – O uniforme é composto por vestes brancas: calça comprida (larga e até o tornozelo), jaleco modelo três quartos, até 4 polegadas do joelho, com o emblema da
Vereda da Luz do lado esquerdo; camiseta e/ou casaco abaixo do jaleco devem ser igualmente brancos. Adereços e complementos de qualquer natureza devem ser
evitados; roupas justas ou colantes, peça íntima pequena e notável, assim como transparências em geral, não são permitidas. Não use maquiagens e nem perfume
diferente da alfazema ou patchouli. Não é permitido o uso de contra-egun, braceletes, tornozeleiras, relicários, anéis ou cordões de qualquer espécie;
III – O Médium deve ter sempre completo o material de trabalho de suas Entidades, conservando-o limpo, em perfeito estado, e guardado no interior dos
armários. A aquisição dos materiais de trabalho das Entidades, é de inteira responsabilidade do Médium, ficando para a Casa a prestação de auxilio quando da
necessidade.

6. PENALIDADES
Sem prejuízo de quaisquer sanções aplicadas pela Entidade Chefe do Terreiro, o Médium está sujeito às penalidades adiante descritas, que serão aplicadas pelo Diretor
de Liturgia:
I – Advertência individual e em particular;
II – Advertência na presença de todos os participantes da Corrente Mediúnica, em sessão de desenvolvimento e em último caso em sessões públicas;
III – Suspensão disciplinar dos trabalhos por vinte e um dias, devendo o Médium permanecer na assistência e durante esse período não faltar as sessões;
IV – Exclusão da Corrente Mediúnica de todas as Linhas motivada por questões espirituais ou mal conduta perante o Terreiro, perante a Entidade Chefe do Terreiro,
perante o Pai e a Mãe do Terreiro ou perante a Membros.
V – Exclusão da Corrente Mediúnica de todas as Linhas e processo judicial motivados por depreciação de instalações e dependências da Instituição (em sua
totalidade, bens e benfeitorias), por denegrir a imagem de um superior ou par, por descumprimento do Estatuto, deste Regimento Interno Litúrgico e das Ordens
Doutrinárias, assim lidos e compreendidos no ato da assinatura da ficha de inscrição com a Instituição.

7. INCUMBÊNCIAS ESPECÍFICAS
A Entidade Chefe do Terreiro designará o CAMBONO CHEFE e o CAMBONO DE TERREIRO para exercer as seguintes incumbências:
7.1. Atribuições do Cambono Chefe
I – Obedecer e fazer cumprir o Estatuto, este Regimento Interno Litúrgico e as Ordens Doutrinárias, assim como as deliberações da Entidade Chefe do Terreiro e do
Diretor de Liturgia;
II – Responsável pelos trabalhos de Médiuns Prontos, Cambonos e Sambas do Terreiro;
III – Zelar pelos Assentamentos e Pontos de Firmeza da Casa;
IV – Controlar o material de Liturgia da Casa;
V – Zelar pelos materiais utilizados e pelos trabalhos feitos pelas Entidades Chefes do Terreiro;
VI – Controlar a disciplina da Corrente e o comportamento da assistência;
VII – Verificar a adequação da vestimenta da Corrente e do público que vai entrar no Templo;

VIII – Controlar a frequência dos Membros do quadro as sessões, e anotar dispensa ou licença autorizada pela Entidade Chefe do Terreiro;
IX – Ser intermediador dos membros da Corrente e dos assistidos as Entidades Chefes do Terreiro, e entregar pedidos colocados junto ao Ponto de Firmeza da Entidade
Chefe do Terreiro;
X – Controle das preces e músicas no aparelho de som, durante os trabalhos.

7.2. Atribuições do Cambono de Terreiro
I – Obedecer e fazer cumprir o Estatuto, este Regimento Interno Litúrgico e as Ordens Doutrinárias, assim como as deliberações da Entidade Chefe do Terreiro e do
Diretor de Liturgia;
II – Zelar pelo Congá do Terreiro;
III – Zelar pela Cachoeira e pela Mata de dentro do Terreiro;
IV – Zelar pelo ordenamento geral dos recintos de trabalhos espirituais, bem como dos Assentamentos e Pontos de Firmeza do Terreiro;
V – Cuidar dos detalhes da defumação, assim como dos elementos e materiais necessários para os trabalhos espirituais;
VI – Cambonar a Entidade Chefe do Terreiro em Sessões de Desenvolvimento e substituir o Cambono Chefe em possível ausência;
VII – Relatar ao Cambono Chefe quaisquer fatos ou acontecimentos diferentes dos procedimentos normais da Casa;
VIII – Acompanhar e dar suporte aos Médiuns convidados a desenvolver, e fazer o controle da frequência dos mesmos as sessões;

IX – Fechar o portão e as portas do Terreiro, em horário programado, nos dias de sessões internas;
X – Verificar disposição dos assentos da assistência (não permitir homem e mulher juntos), e ficar atento ao comportamento dos frequentadores, cessando de imediato, quaisquer inoportunos.

8. DA MANUTENÇÃO DO TERREIRO
I – As plantas da Mata do Templo devem ser vivas e retiradas para banho de sol um dia após cada sessão;
II – Nos bancos brancos não deve ter nada escrito;
III – Os assentos das Entidades masculinas devem ser guardados sob os bancos existentes do lado direito do Terreiro, no sentido de quem olha para o Congá, e os
assentos das Entidades femininas sob os bancos existentes do lado esquerdo;
IV – Devem permanecer no Terreiro apenas os bancos das Entidades que tenham prestado compromisso, e que, efetivamente, os seus Médiuns frequentem a Vereda da
Luz, de acordo com suas normas;
V – As Entidades que ainda não tenha prestado compromisso, quando incorporadas, devem se utilizar dos bancos sem identificação disponíveis no Terreiro;
VI – Quando o Médium se desligar ou for desligado da Corrente, o banco de sua Entidade deve ser retirado e a ele devolvido, ou guardado em local apropriado; a
retirada somente deve ocorrer com a permissão da Entidade Chefe do Terreiro ou do Diretor de Liturgia;
VII – Nenhuma Entidade poderá usar o banco de outra;
VIII – A Cachoeira e a Mata do Terreiro devem estar sempre limpas e apenas com os trabalhos autorizados pela Entidade Chefe de Terreiro;
IX – As flores deverão ser colocadas sobre o Congá somente por pessoas designadas pelo Cambono de Terreiro (na ausência pelo Cambono Chefe), de acordo
com as orientações da Entidade Chefe do Terreiro;
X – Não se coloca nenhuma Firmeza de Entidade em Assentamentos ou em qualquer espaço da Casa, sem a permissão da Entidade Chefe do Terreiro e/ou do
Diretor Litúrgico, mesmo que este seja por determinação de Entidades.

9. DISPOSIÇÕES FINAIS
O presente Regimento Interno Litúrgico entrará em vigor no dia 20 de janeiro de 2008.

Flávio Ferreira Costa
Diretor de Liturgia